Acompanhado da família e correligionários, o prefeito eleito de São PAulo, Fernando Haddad (PT), fez um discurso na avenida Paulista
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
O prefeito eleito de
São Paulo,
Fernando Haddad (
PT), fez um discurso animado aos militantes que foram à avenida Paulista, no centro da capital paulista, comemorar sua
vitória sobre o rival
José Serra (
PSDB), na noite deste domingo. Ao lado de sua mulher, Ana
Estela, e de sua vice, Nádia Campeão (
PCdoB), o petista incentivou os
eleitores a manterem-se "vigilantes" e a cobrarem a execução de seu plano de governo nos próximos quatro anos. Haddad disse ter aceitado a proposta do prefeito Gilberto Kassab (
PSD) de fazer uma transição harmoniosa entre as administrações e afirmou que sua meta será trabalhar pela erradicação da pobreza.
"Eu recebi o telefonema do prefeito Gilberto Kassab, que disse querer fazer uma transição bonita para São Paulo. (...) Eu aceito esse desafio. (...) É hora de olhar pra toda a cidade. Para o povo mais rico e para o povo mais pobre. Erradicar a pobreza em São Paulo", afirmou.
Em discurso para a militância, de cima de um trio-elétrico, Haddad contou ter recebido os telefonemas do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, da presidente Dilma Rousseff e do adversário tucano. Segundo Haddad,
Lula foi a primeira pessoa a telefonar para dar a ele os parabéns pelo resultado, destacando, em tom de brincadeira, que é o "segundo poste" que o líder petista conseguiu eleger - em uma referência à vitória de Dilma, em 2010, quando a então ex-ministra da Casa Civil ainda era desconhecida.
"Eu sou o segundo poste do Lula!", afirmou ao microfone, arrancando risos dos militantes. "O presidente Lula sempre quis abrir o PT, abrir a política, abrir o Brasil para a renovação. O presidente Lula me ligou muito orgulhoso do que nós fizemos por São Paulo. Lutamos até o último minuto pra mudar São Paulo por vocês", afirmou, sendo bastante aplaudido.
Sempre exaltando a "transformação" que quer fazer na capital paulista, o ex-ministro da Educação ressaltou que, com o resultado, a cidade demonstrou que "não é conservadora" e que as "forças adormecidas" trabalharão "24 horas por dia" para mudar São Paulo.
"São Paulo não é uma cidade conservadora, era uma cidade com forças conservadoras. Mas as forças adormecidas do progresso, da tolerância, da igualdade, voltaram nessa
eleição. (...) Nós vamos trabalhar 4 anos, 365 dias por ano, 24 horas por dia para mudar essa cidade, pra transformar São Paulo", disse.
Ele ainda incentivou a população a imprimir seu plano de governo para cobrar a realização das metas prometidas nos próximos quatro anos. "Mantenham-se vigilantes, mantenham-se próximos, porque o Palácio do Anhangabaú (sede do governo) vai estar aberto para vocês. Imprimam nosso plano de governo e cobrem todo dia a execução daquele plano que vocês ajudaram a construir", declarou.
A festa na avenida Paulista reuniu centenas de pessoas, munidas de camisetas e bandeiras vermelhas, animadas pelos
jingles do petista. Muito presente durante a campanha, tanto na propaganda eleitoral quanto nos comícios, o ex-presidente Lula preferiu não participar da festa, para não "ofuscar" seu afilhado político. Eles, no entanto, devem se reunir ainda nesta semana.
Segundo turno ocorre em 50 municípios
Mais de 31 milhões de eleitores foram às urnas neste domingo eleger o prefeito em 50 cidades do Brasil em que há segundo turno, sendo 17 capitais. O Terra, maior empresa latino-americana de mídia digital, faz a cobertura completa das eleições nas capitais e principais cidades do País e apuração de votos em tempo real.
