Segundo delação da Odebrecht, repasse teria sido
acertado durante jantar, em 2014, no Palácio do Jaburu. Ministros
Moreira Franco e Eliseu Padilha já são investigados no processo
query_builder
O ministro Edson Fachin, responsável pela Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, nesta sexta-feira (2), a inclusão do presidente Michel Temer (MDB), no inquérito da operação que investiga o acerto de pagamento de R$ 10 milhões em propina MDB durante um jantar, realizado em 2014, no Palácio do Jaburu. A decisão atende a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
O ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho, durante o encontro, ficou acertado o repasse ilícito de R$ 6 milhões à campanha do atual presidente da Fiesp, Paulo Skaf ao Governo do São Paulo, que serviria para pagar o marqueteiro Duda Mendonça; além de mais R$ 4 milhões que seriam alocados pelo ministro da Casa, Eliseu Padilha. Padilha e o ministro Moreira Franco (Secretaria-geral da Presidência) já são investigados no processo.
Fachin ainda autorizou a prorrogação por mais 60 dias do prazo para a conclusão das investigações, realiadas pela Polícia Federal.
Temer confirma jantar
Michel Temer confirmou, em nota divulgada em fevereiro de 2017, ter participado do jantar para obter recursos, junto a Marcelo Odebrecht, para o seu partido. Porém nega afirma não ter “atorizado, nem solicitado” que as doações fossem feitas de forma irregular.
Além das duas denúncias engavetadas pela Câmara dos Deputados em 2017, por corrupção passiva e obstrução da Justiça, Temer ainda é alvo de outra investigação em andamento no STF que apura o favorecimento, em troca de propina, a uma empresa que atua no porto de Santos (SP), através de um decreto assinado em maio do ano passado, quando o emedebista já estava à frente do Planalto.