Paraná 247 - Contrariando as expectativas,
o juiz Sérgio Moro absolveu nesta quinta-feira, 25, a jornalista
Cláudia Cruz, mulher do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) dos
crimes de lavagem de dinheiro e de evasão fraudulenta de divisas, no
âmbito da operação Lava Jato.
Segundo Moro, faltou 'prova suficiente de que (Cláudia Cruz)
agiu com dolo' ao manter conta na Suíça com mais de US$ 1 milhão,
dinheiro supostamente oriundo de propina recebida pelo marido. "Absolvo
Cláudia Cordeiro Cruz da imputação do crime de lavagem de dinheiro e de
evasão fraudulenta de divisas por falta de prova suficiente de que agiu
com dolo", assinalou Moro.
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, Cláudia
Cruz era a única controladora da conta em nome da offshore Köpek, na
Suíça, por meio da qual pagou despesas de cartão de crédito no exterior
em montante superior a US$ 1 milhão num prazo de sete anos (2008 a
2014)'.
O Ministério Público Federal apontou que o valor de US$ 1
milhão gasto por Cláudia é 'totalmente incompatível com os salários e o
patrimônio lícito de seu marido'. Quase a totalidade do dinheiro
depositado na Köpek (99,7%) teve origem nas contas Triumph SP (US$
1.050.000,00), Netherton (US$ 165 mil) e Orion SP (US$ 60 mil), todas
pertencentes a Eduardo Cunha.
Na mesma ação, também eram réus Jorge Luiz Zelada,
ex-diretor da Área Internacional da estatal petrolífera, pelo crime de
corrupção passiva; João Augusto Rezende Henriques, operador que
representava os interesses do PMDB no esquema, por corrupção passiva,
lavagem de dinheiro e evasão de divisas; e Idalecio Oliveira, empresário
português proprietário da CBH (Companie Beninoise des Hydrocarbures
Sarl), pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário