Por isso, O POVO conversou com quatro eleitores, de diferentes perfis, para saber o que eles esperam de 2014, na perspectiva de um ano eleitoral. Dos discursos, emergem importantes sinalizações que terão de ser bem observadas por aqueles que pretendem pleitear a um mandato no próximo ano, seja na esfera local ou nacional. Desejos e cobranças de um eleitor que, aos poucos, vai se tornando mais exigente e ciente da importância do voto.
O clima não é dos mais otimistas. Mesmo com toda a agitação política vista em 2013 – e que deve se repetir no ano que se inicia – há descrença de que a próxima eleição marcará o início de novos tempos na política local e nacional.
Várias citações vão no sentido de que antigas e danosas práticas políticas vão permanecer sem grandes alterações. Alguns duvidam, também, que os protestos que tendem a ocorrer novamente durante a Copa do Mundo terão força suficiente para provocar efeitos práticos na eleição.
Mas, talvez o mais importante seja tentar entender a crítica desses eleitores, para tentar projetar e cobrar saídas. No âmbito local, denota-se que a questão da segurança pública é latente e que é esse o tema a estar no centro das atenções, não só durante a campanha, mas principalmente durante o próximo governo. Medo coletivo que se explica pela disparada da violência nos últimos anos. O gráfico Paulo César Carneiro relata uma sensação de desconfiança o invade cada vez que sai na rua.
O Legislativo também está no centro das críticas. “Os deputados da base aliada são subservientes ao Governo. Assim a população fica desacreditada. Eu vou acreditar em quem?”, questiona-se o educador Sérvulo Liberato, que pede também mais transparência nos gastos públicos. “Na Assembleia e na Câmara, quase todos são base aliada e isso vai maquiando nossos defeitos”, concorda o empresário Fernando Caldas.
Fora isso, demandas históricas como saúde e educação são também citadas e certamente terão espaço importante na eleição que se aproxima.
"O clima não é dos mais otimistas. Mesmo comtoda a agitação vista em 2013 – e que deve se repetir no ano que se inicia – há descrença de que a próxima eleição marcará o início de novos tempos"
"No âmbito local, denota-se que a questão da segurança pública é latente e que é esse o tema a estar no centro das atenções,
não só durante a campanha, mas no próximo governo"
O Povo
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