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Foto Evaristo Sá / AFP |
O
governador do Ceará, Camilo Santana, repudiou, por meio de publicação
nas redes sociais, o estímulo do presidente Jair Bolsonaro a
manifestações com aglomeração de pessoas em defesa do governo federal, e
as agressões sofridas por jornalistas neste domingo (3). O gestor
estadual classificou o atual período como "tempos sombrios" vividos pelo
Brasil.
"Aglomerações
estimuladas pelo presidente em meio a uma gravíssima pandemia.
Jornalistas agredidos no Dia da Liberdade de Imprensa. O Brasil vive
tempos sombrios. Mas este é o momento em que mais precisamos ser fortes,
para defender a vida e para lutar pela nossa democracia", colocou o
governador.
Na manhã
deste domingo, uma carreata de manifestantes pró-Bolsonaro tomou conta
da Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Dentro de centenas de carros,
gritam palavras de ordem contra o presidente da Câmara dos Deputados e o
Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro chegou a participar do
movimento, que pedia a intervenção militar.
Por meio de
transmissão nas redes sociais antes do ato, Bolsonaro afirmou: "Temos
as Forças Armadas ao lado do povo, pela lei, pela ordem, pela
democracia, pela liberdade. Nós queremos o melhor para o nosso país.
Queremos a independência verdadeira dos três poderes, e não apenas uma
letra da Constituição, não queremos isso. Chega de interferência. Não
vamos admitir mais interferência. Acabou a paciência. Vamos levar esse
Brasil para frente. Acredito no povo brasileiro e nós todos acreditamos
no Brasil".
Durante a
manifestação em Brasília, quatro profissionais da imprensa foram
agredidos verbalmente e fisicamente por defensores do governo.
Repórteres do Estado de São Paulo, Poder360 e Folha de São Paulo levaram
chutes, murros e rasteiras e só conseguiram sair do local com o apoio
da polícia, em uma viatura.
Manifestação em Fortaleza
Em
Fortaleza, o domingo também contou com uma carreata em apoio a Jair
Bolsonaro, mesmo com o decreto nº 33.519/2020, do Governo do Ceará, que
proíbe a aglomeração de pessoas e o funcionamento de comércio durante o
período de isolamento social.
A carreata
percorreu bairros como Aldeota, Dionísio Torres e Cocó, em área nobre da
Capital. Alguns motoristas e passageiros foram vistos com bandeiras do
País ou vestidos com a camisa do Brasil.
Com informações do Diário do Nordeste.
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