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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Leucemia faz sua terceira vítima em Tauá em menos de 6 meses. Estudante de 15 anos morre em Fortaleza


A comunidade tauaense está chocada com a informação da morte de jovem estudante tauaense Amanda Xavier, de apenas 15 anos de idade, filha do casal, Antonino Xavier e D. Eurimar.
A jovem passou mal na manhã da última segunda-feira, 18, foi levada para o Hospital Dr. Alberto Feitosa Lima e transferida imediatamente para Fortaleza onde estava internada na UTI do Hospital Albert Sabin. Rapidamente o quadro clínico de Amanda evoluiu para um estado grave em virtude das hemorragias internas que sofreu e infelizmente, ela não resistiu e veio a óbito na manhã deste sábado, 23.
A causa da morte foi leucemia.
O velório acontecerá no prédio da Associação Comercial de Tauá, na Avenida Cel. Vicente Alexandrino de Souza, no Bairro Tauazinho, a partir das 17h deste sábado, 23, e sepultamento está marcado para às 8h da manhã deste domingo, 24, no Cemitério São Judas Tadeu, em Tauá
Terceiro óbito em um menos de 6 meses
A morte de Amanda configura o terceiro caso de leucemia registrado em Tauá, em menos de 6 meses.
No dia 27 de junho de 2013, a adolescente Sarah Gomes, 17 anos, filha do servidor do DER, Pelé e D. Edilene, morreu vítima da doença e foi sepultada no dia seguinte no Cemitério de Tauá. Dois dias depois, faleceu no Hospital de Tauá, a Agente de Cidadania de Tauá, Francisca Ecília Cartaxo.  
A reportagem está apurando o registro de mais um caso de leucemia envolvendo um jovem do interior do Município de Tauá, que teria sido transferido para Fortaleza há poucos dias. Na mesma família, há cerca de um ano atrás, uma irmã desse jovem, teria falecido vítima da mesma doença.
Saiba mais sobre a doença
Leucemia
O que é?
A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos), geralmente, de origem desconhecida. Tem como principal característica o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. A medula é o local de formação das células sanguíneas e ocupa a cavidade dos ossos, sendo popularmente conhecida por tutano. Nela são encontradas as células que dão origem aos glóbulos brancos, aos glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e às plaquetas.
Estimativas de novos casos: 8.510, sendo 4.570 homens e 3.940 mulheres (2012)
Número de mortes: 5.935, sendo 3.202 homens e 2.733 mulheres (2010)
Subtipos
As leucemias podem ser agrupadas com base em quão rapidamente a doença evolui e torna-se grave.  Sob esse aspecto, a doença pode ser do tipo crônica (que geralmente agrava-se lentamente) ou aguda (que geralmente agrava-se rapidamente): 
· Crônica: No início da doença, as células leucêmicas ainda conseguem fazer algum trabalho dos glóbulos brancos normais. Médicos geralmente descobrem a doença durante exame de sangue de rotina. Lentamente, a leucemia crônica se agrava. À medida que o número de células leucêmicas aumenta, aparecem inchaço nos linfonodos (ínguas) ou infecções. Quando surgem, os sintomas são brandos, agravando-se gradualmente. 
· Aguda: As células leucêmicas não podem fazer nenhum trabalho das células sanguíneas normais. O número de células leucêmicas cresce rapidamente e a doença agrava-se num curto intervalo de tempo.
As leucemias também podem ser agrupadas baseando-se nos tipos de glóbulos brancos que elas afetam: linfoides ou mieloides. As que afetam as células linfoides são chamadas de linfoide, linfocítica ou linfoblástica. A leucemia que afeta as células mieloides são chamadas mieloide ou mieloblástica.
Combinando as duas classificações, existem quatro tipos mais comuns de leucemia: 
· Leucemia linfoide crônica: afeta células linfoides e se desenvolve vagarosamente. A maioria das pessoas diagnosticadas com esse tipo da doença tem mais de 55 anos. Raramente afeta crianças.  
· Leucemia mieloide crônica: afeta células mieloides e se desenvolve vagarosamente, a princípio. Acomete principalmente adultos.  
· Leucemia linfoide aguda: afeta células linfoides e agrava-se rapidamente. É o tipo mais comum em crianças pequenas, mas também ocorre em adultos.  
· Leucemia mieloide aguda: afeta as células mieloides e avança rapidamente. Ocorre tanto em adultos como em crianças.
 Prevenção
As causas da leucemia ainda não estão definidas, mas, suspeita-se da associação entre determinados fatores com o risco aumentado de desenvolver alguns tipos específicos:
· Tabagismo: leucemia mieloide aguda
· Radiação (radioterapia, raios X): leucemia mieloide aguda e crônica e leucemia lifoide aguda
· Síndrome de Down e outras doenças hereditárias: leucemia aguda
· Benzeno (encontrado na fumaça do cigarro, gasolina e largamente usado na indústria química): leucemia mieloide aguda e crônica, leucemia linfoide aguda 
· Quimioterapia (algumas classes de drogas): leucemia mieloide aguda e leucemia linfoide aguda 
· Síndrome mielodisplásica e outras desordens sanguíneas: leucemia mieloide aguda
Diagnóstico
Na análise laboratorial, o hemograma (exame de sangue) estará alterado, porém, o diagnóstico é confirmado no exame da medula óssea (mielograma). Nesse exame, retira-se menos de um mililitro do material esponjoso de dentro do osso e examina-se as células ali encontradas.
Sintomas
Os principais sintomas decorrem do acúmulo de células defeituosas na medula óssea, prejudicando ou impedindo a produção dos glóbulos vermelhos (causando anemia, que por sua vez causa fadiga e palpitação), dos glóbulos brancos (deixando o organismo mais sujeito a infecções) e das plaquetas (ocasionando sangramentos das gengivas e pelo nariz, manchas roxas na pele ou pontos vermelhos sob a pele).
O paciente pode apresentar gânglios linfáticos inchados, mas sem dor, principalmente na região do pescoço e das axilas; febre ou suores noturnos; perda de peso sem motivo aparente; desconforto abdominal (provocado pelo inchaço do baço ou fígado); dores nos ossos e nas articulações. Caso a doença afete o Sistema Nervoso Central (SNC), podem surgir dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação.
Depois de instalada, a doença progride rapidamente, exigindo que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico e a classificação da leucemia.
O tratamento é feito em etapas. A primeira tem a finalidade de obter a remissão completa, ou seja, um estado de aparente normalidade após a poliquimioterapia. Esse resultado é alcançado um a dois meses após o início do tratamento (fase de indução de remissão), quando os exames (de sangue e da medula óssea) não mais evidenciam células anormais.

Entretanto, pesquisas comprovam que ainda restam no organismo muitas células leucêmicas (doença residual), o que obriga a continuação do tratamento para não haver recaída. Nas etapas seguintes, o tratamento varia de acordo com o tipo de célula afetada pela leucemia. Nas linfoides, pode durar mais de dois anos, e nas mieloides, menos de um ano. São três fases: consolidação (tratamento intensivo com substâncias não empregadas anteriormente); reindução (repetição dos medicamentos usados na fase de indução da remissão) e manutenção (o tratamento é mais brando e contínuo por vários meses). Por ser uma poliquimioterapia agressiva, pode ser necessária a internação do paciente nos casos de infecção decorrente da queda dos glóbulos brancos normais pelo próprio tratamento.

Fonte: Instituto Nacional do Câncer

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