Esse fogo não foi alimentado apenas pelos assassinos da criança, foi impulsionado pela sede política de facções tão criminosas quanto às executoras do fato
RICARDO FONSECA
O fogo dos atentados em São Luís na semana passada, não queimou somente os ônibus e matou a menina Ana Clara, acendeu à chama de oposicionistas de todos os recantos do país. As labaredas ultrapassaram os muros do Palácio dos Leões e chegaram até a residência do senador José Sarney no bairro nobre do Calhau. Um longo percurso de mais de 10 minutos sem o trânsito cotidiano do local.
Esse fogo não foi alimentado apenas pelos assassinos da criança, foi impulsionado pela sede política de facções tão criminosas quanto às executoras do fato. Grave quanto o ato em si, é a tentativa de execração pública da família Sarney, sentenciada por todas as mazelas sociais do maranhão de 50 anos pra cá.
Isso tudo me lembra a Santa inquisição da idade média(Século XVIII), onde todos aqueles que eram contra os dogmas pregados pela Igreja Católica eram condenados. Fundado pelo Papa Gregório IX, o tribunal inquisitório mandou para a fogueira, milhares de pessoas consideradas hereges, por praticarem bruxaria ou simplesmente por simpatizarem com outras religiões. Queimaram na fogueira até a morte Joana D´arc (Que se dizia enviada de Deus para libertar a França e usava roupas masculinas) e Giordano Bruno, pai da filosofia moderna. Galileu escapou fedendo.
Esse mesmo tribunal está sendo revivido hoje em dia pela “Grande Imprensa sulista” , que nada mais é do que patrocinado nas cores azul e amarela, pelo maior partido de oposição ao governo federal, que por “coincidência” é aliado da família Sarney .
De tão festejado estado pobre, o Maranhão hoje é a décima sexta economia do País, segundo dados do próprio IBGE ou seja um dos estados que mais cresceu nos últimos dez anos. Possuí uma das maiores orlas marítimas, uma cultura diversificada riquíssima e um imenso sítio de azulejos, considerado o maior da América Latina. Mas por que dizer tudo isso , se não vira manchete e nem vende jornal?
É mais fácil achar culpados e massacrá-los, do que apresentar soluções exequíveis para os problemas divulgados.
Numa reunião com o Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, há algumas horas atrás na sede do governo em São Luís, os mesmos artistas circenses que criaram os factoides para aumentar a visibilidade de seus jornalísticos, citaram a família da governadora como o estopim dessa guerra inquisitória. E o que aconteceu? Ela respondeu em alto e bom som, que toda a responsabilidade do maranhão é sua ( E onde ficam os deputados e senadores?) , que foi eleita em primeiro turno e por voto popular, ponto! Mas todo mundo sabe que ninguém governa sozinho.
Na minha “santa ignorância”, nunca imaginei que para se articulista de tão importante meio de comunicação das grandes regiões do País, o cidadão não precisasse ser no mínimo inteligente. Sim, porque leio cada absurdo, que parece ter sido escrito num recreio da educação infantil.
Querem jogar a família Sarney na fogueira da desmoralização, fazem chacota do Maranhão , sem se quer conhecer as coisas boas que existem por aqui. Mas isso também não rende os 15 minutos de fama de ninguém, mesmo daquela velha fama poética (E sem ética), de escrever um texto sem eira nem beira.
Hoje visualizei nas redes sociais outro disparate travestido de campanha chamada de Hastag - #SOSMaranhao. É mais outra vez, a oposição pegando carona na desgraça de pessoas inocentes. Tem também a lagosta da Roseana? Há tá, mas no Brasil não se licitam alimentos pros governantes, só no Maranhão. No País não tem superlotação de presídios, não tem latrocínios, estupros, furtos, miséria, só mesmo no Maranhão. Que esculhambação!
Não são dois, três ou quem sabe até cem que querem desestabilizar a “Terra das palmeiras onde canta o Sabiá” com pedidos e invenção de intervenção. São muitos os nobres articulistas que almejam aliar o caos maranhense da moda, ao Palácio do Planalto e sua excelência a presidenta Dilma.
Que ardam na maior fogueira das vaidades, aqueles que buscam de maneira torpe, desconstruir a imagem de um estado rico sim, que exporta soja, alumínio, arroz e ferro-gusa. E que emprega pessoas do Brasil inteiro não é Alcoa, Vale, MPX , Petrobrás, entre outras?
Que os ferrenhos inimigos da família Sarney, não sejam os mesmos inimigos do grandioso estado do Maranhão, que não tem a menor culpa dessa situação, “Oh minha terra meu torrão”. Mas vou dizer-lhes novamente, que essa averbação não vai render jornais, revistas e muito menos televisão . Nem vai cair nas graças, de quem realmente torce contra.
Viva o meu, o seu e o nosso Maranhão! #ForçaMaranhão
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