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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

LÍDER DO PT REPROVA PRISÕES E DESTACA DEMOCRACIA COMO VALOR UNIVERSAL


O líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), subiu à Tribuna da Câmara nesta terça-feira (19) para criticar a prisão de companheiros petistas na última sexta-feira e para cobrar rigor em investigações. Num discurso inflamado, Guimarães lembrou a situação de saúde do irmão dele, o deputado licenciado José Genoino (PT-SP), que sofre de cardiopatia grave, e agradeceu o apoio da militância do partido em momento em que a família sofre com o agravamento na saúde de Genoino.
"O Genoino não pode ficar onde está. Primeiro, porque os que estão em regime semiaberto têm que ir pro semiaberto. Segundo, o Genoino não pode [ser preso em regime fechado], porque ele corre risco de vida. Todo mundo sabe; visitem-no, os que duvidam. Podem ir visitá-lo, porque ele corre risco de vida. Mas seria bom que algum ministro do STF fosse visitá-lo", discursou.
Na opinião do líder, o julgamento da Ação Penal 470, apelidado pela grande mídia de "mensalão", resultou em perseguição política em pleno Estado democrático de Direito. "Foi feito julgamento político, porque não há provas materiais que condenem aqueles que supostamente tenham cometido crime porque pagaram mesadas a Parlamentares aqui desta Casa", disse. Guimarães ainda cobrou a condenação dos envolvidos no "propinoduto tucano" e  da Operação Monte Carlo, que envolveu o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
"Nós não vamos aceitar, meus companheiros e companheiras do PT. Quero dizer para todos: estamos doídos; o PT está doído, mas encontrei forças. Como democratas que somos, nós temos autoridade para falar em democracia porque nós nascemos nela e a construímos. Não é qualquer um que, sob a toga, quer patrocinar a violência aos direitos humanos", disse.
O Partido dos Trabalhadores admitiu a tese de corrupção eleitoral, por meio de "Caixa 2". A tese foi descartada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que executou as prisões ainda que precise analisar os embargos infrigentes. O crime eleitoral admitido pelo PT seria combatido por meio de uma reforma política que incluísse o financiamento exclusivo da campanha eleitoral, como propõe o partido. "E na hora de discutir o debate aqui, ninguém quer discutir o financiamento público de campanha", cobrou.
Até o momento do discurso, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, não havia comunicado a prisão do deputado José Genoino à Câmara Federal. Por se tratarem de prisões durante o feriado da Proclamação da República, segundo o presidente da Casa, a execução penal é vista com estranheza pelo Congresso Nacional, que questiona a transparência dos atos do Judiciário.

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