![: Fotos: Erasmo Salom�o](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_u9Lk-zkrAzNg8jOlKRcnwao3Y0gIPwhVUMsWqTvH_8aa7FLjWP3b-oGCxSgd7g6XZA2ftohRNzoLKrRDc0ZnRlYvQyF8yJSuyfDKmvATsGh0qd0oV7z5-eTIOK0aCbK6ri8ypXbU9VEMGf5T5m0b3_hRto1FEldLlBN3DjPJeuWaUpUoeu4Ng=s0-d)
Segundo o jornal da família Frias, o preço da
pedra de crack dobrou no dia de pagamento do benefício oferecido pela
prefeitura de São Paulo aos dependentes químicos acolhidos pela Operação
Braços Abertos; reportagem da Rede Brasil Atual, no entanto, informa
que muitos dos viciados enxergam no trabalho oferecido pela cidade uma
oportunidade de largar o vício; motivo da guerra política é um só:
fragilizar a candidatura de Alexandre Padilha, que visitou a
Cracolândia, onde, segundo Reinaldo Azevedo, os traficantes estão em
festa; quem tem razão?
25 de Janeiro de 2014 às 08:13
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A Operação Braços Abertos, da prefeitura de São Paulo, pode se
transformar num dos principais instrumentos da guerra política em 2014,
quando o ministro Alexandre Padilha e o governador Geraldo Alckmin devem
se enfrentar pelo Palácio dos Bandeirantes.
Reportagem deste
sábado da Folha de S. Paulo compra a tese de que o programa, na prática,
é apenas uma "Bolsa-Crack". O preço da pedra de crack chegou a dobrar
já no primeiro dia de pagamento dos 302 usuários da cracolândia que
trabalham no programa Braços Abertos, da prefeitura. A pedra, que
custava R$ 10, sofreu variação de preço na tarde de ontem e chegou a
custar até R$ 20, segundo relatos de usuários à Folha no fluxo (leia aqui)."
Os
participantes do programa Braços Abertos receberam hoje (24) o salário
correspondente aos primeiros oito dias de trabalho, de R$ 120. O
pagamento foi feito por funcionários da Secretaria Municipal de
Assistência Social no Intituto dom Bosco, no Bom Retiro, na região
central.
Segundo
a administração Fernando Haddad (PT), de 300 dependentes químicos
inscritos no projeto iniciado na semana passada, 292 continuam
participando. Desde a semana passada, quando foram removidos os barracos
usados como moradia nas ruas Dino Bueno e Helvétia, eles moram em cinco
hotéis alugados pela prefeitura. Os participantes têm direito a três
refeições diárias e salário de R$ 15 por dia de trabalho na varrição e
na zeladoria de ruas praças, com carga de 4 horas diárias, mais duas de
qualificação profissional.
“Não
vou ficar com o dinheiro. Vou procurar o banco e ficar só com R$ 20 no
bolso”, disse o participante Renato Pereira, o Tim, um dos primeiros a
receber o salário, que será pago sempre às sextas-feiras. Outros
dependentes também tomaram essa decisão para evitar que, num momento de
vontade, acabem utilizando os recursos para comprar drogas. Alguns deles
conseguiram passar os últimos dias sem consumir crack. "Eu vou
depositar cem para minha filha o resto vou investir", afirmou Tatiane
Silva. Há um ano na rua, ela quer voltar a trabalhar como manicure.
Já Fábio dos Santos irá comprar roupas e visitar a família na Bahia. Ele
conta que nos primeiros dias sentiu o peso dos oito anos de rua sobre
seu corpo de 32 durante o trabalho, mas que agora está motivado a
continuar.
O que há por trás de visões tão
distintas? Para lideranças petistas, como o provável futuro ministro da
Saúde, Arthur Chioro, as formas de encarar a questão das drogas são,
hoje, a principal diferença entre PT e PSDB. Diz ele que, enquanto
petistas pregam “solidariedade e respeito”, tucanos defendem “o projeto
da segregação e da indiferença”.
Nesta semana, Alexandre Padilha
visitou a Cracolândia e conversou com os dependentes. A polícia civil
disparou balas de borracha contra eles. Enfraquecer o programa e tirar
sua credibilidade também atende a interesses políticos. Segundo Reinaldo
Azevedo, que dispensa apresentações, os traficantes "estão em festa".
Foi o que ele disse ao repercutir a reportagem deste sábado da Folha
(leia aqui).
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